Contagem regressiva para o último dia de provas, hoje saí da prova sem ter capacidade de pronunciar qualquer frase, muito menos palavras, só saíam uns gemidos da minha boca, tipo "hum", "ha" e uma infinidade de monossílabas, sem significado, isso tudo porque senti muinha cabeça fundida com a prova. Desci os corredores um pouco zonza e fui andando sem destino e fugindo das pessoas que eu conhecia. Justamente num dia como esse é propício encontrar pessoas que vc nunca vai estar preparada para encontrar, tipo ex namorado, tipo algumas pessoas que sempre inventam de contar a vida inteira em um minuto e meio. Dei algumas voltas, fiz maratonas para não encontrar nenhuma dessas pessoas, que só de longe avistei, mas que dei um jeito de fugir correndo. Desci a Marquês de São Vicente e tive que pronunciar minha primeira frase, pós prova, foi com a atendente da Estudio Momento, loja que revela fotos. Olhei para ela ainda pensando em pessoas, ex-namorado, provas, que cor ia pintar minha unha, e pensando em mais um milhão de coisas, pensando também que estou ficando mais velha na semanaque vem, e droga, eu ainda tinha que formular uma frase que desse a entender meu motivo naquela loja complexo, mas eu não podia ficar eternamente no sistema "hum" , "ha" , "é". Na verdade eu disse, na minha confusão: ééé, eu mandei quatro fotos para serem impressas,
a mocinha foi lá então buscar as fotos. Depois resolvi que devia esvasiar a cabeça, para assim quem sabe voltar ao estado normal de formulação de frases e pensamentos. Fui ao cinema assitir "Eu te amo, cara", comédia nem tão típica, mas que foi o suficiente para me fazer rir que nem mongol, sozinha no cinema, quase sozinha, estavam na sessão uma senhora e outros dois senhores. cinema vazio é o melhor.
A última entrevista que fiz já foi postada no blog do Plástico Bolha. Foi uma conversa leve que tive com Tancredo Augusto Neves, neto do ex-quase presidente da república Tancredo Neves. Infelizmente Tancredo morreu antes de tomar posse. Eu estava tão entusiasmada na entrevista que falava mais que o entrevistador, foi uma tortura ouvir no gravador a quantidade de bobagens que falei no gravador.Ás vezes é melhor ficar monossilábica mesmo.
A minha próxima entrevista vai ser com Analu que tem um projeto chamado Livro Falado, um projeto que faz livros falados para cegos. Estarie lá na segunda feira para observar a oficina que ela faz, e depois farei a entrevista. Eu acho que ela espera uma jornalista de verdade porque me perguntou se eu ia levar material para filmagem, imagina, eu sou só uma menina com um gravador na mão.
Por favor cliquem no link e comentem meu besteirol.
http://jornalplasticobolha.blogspot.com/2009/05/leituras-esparsas-tancredo-neves-filho.html